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Respuestas de la empresa Samarco al cuestionario de 'En Portada'

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1. Quando visitamos o complexo de Germano comprovamos o esforço da Samarco para dotá-lo de máxima segurança. Quando vocês pretendem voltar à atividade?

Entre os principais desafios para o retorno das operações da empresa estão a obtenção de duas diferentes licenças ambientais junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad). Uma delas é para licenciar a cava de Alegria Sul como local para disposição de rejeitos, em substituição às barragens. A cava é o local de onde o minério foi extraído, caracterizando-se por ser um espaço confinado, sem conexão física com a área de barragens da empresa.

O processo de licenciamento da cava de Alegria Sul já foi iniciado, tendo sido realizadas, pela Semad, em dezembro de 2016, duas Audiências Públicas, uma em Mariana e outra em Ouro Preto. Uma vez obtida essa licença, a empresa ainda demandará um período de cerca de seis meses para as obras de engenharia e preparação da cava.

O segundo processo diz respeito ao Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) para revalidação das licenças de todo o Complexo de Germano, suspensas em outubro de 2016 pela Semad. A Samarco protocolou, no dia 1º de setembro de 2017, na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentável, o Estudo de Impacto Ambiental da LOC.

O estudo apresenta uma retomada gradual das atividades operacionais da empresa, paralisadas há dois anos. No momento, não há previsão de data para o reinício das operações.

2. No dia 5 de novembro de 2015 foi aplicado o plano de emergência para o caso de rompimento? Quais foram as medidas adotadas? O plano consistia em quê?

A Samarco possui um Plano de Ação de Emergência das Barragens de Mineração (PAEBM) de conhecimento dos órgãos competentes, que determina as obrigações da empresa e ações que devem ser tomadas na ocorrência de acidentes. O plano foi cumprido pela Samarco, que prontamente mobilizou Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Prefeitura de Mariana e, em conjunto, realizaram as ações de resgate e auxílio às vítimas do acidente. A Samarco esclarece ainda que, na época do rompimento, seguia o que determinava a legislação.

3. Segundo os planos de contingência, qual era o risco de rompimento da barragem de Fundão? E qual era a possível repercussão?

A Samarco reafirma que todos os laudos e vistorias, realizados por empresas independentes e órgãos fiscalizadores, atestaram a estabilidade e integridade da barragem de Fundão.

4. Para a Polícia Federal a causa fundamental do rompimento foi a modificação da barragem de uma formação linear a uma formação em S. Essa transformação teve algum laudo técnico? Foi feito de forma legal?

5. Nesse caso, porque se resolveu trocar a estrutura linear a outra em forma de S?

6. A barragem de Fundão tinha problema de dreno? Nesse caso, quando foi detectado e como a reparação foi feita?7. Na barragem de Fundão alguém tinha sido alertado de um problema de liquidificação?

Resposta para as questões 4, 5, 6 e 7:

A barragem de Fundão sempre foi declarada estável. Em nenhuma oportunidade, qualquer inspeção, avaliação, relatório de consultorias especializadas internas ou externas registraram ou fizeram qualquer advertência de que a barragem estivesse sujeita a qualquer risco de ruptura. Alertas contidos em relatórios de consultores jamais indicaram risco iminente de ruptura ou necessidade de interdição das operações, tendo ensejado apenas proposição de recomendações nos mesmos relatórios técnicos em que foram registradas para melhoria da barragem, sempre consideradas pela empresa.

8. Quantos piezômetros estavam funcionando na barragem de Fundão no dia 5 de novembro de 2015? Algum deles tinha sido retirado? De qual dia foi a ultima informação proporcionada pelos piezômetros?

10. O relatório da Polícia Federal adverte que nos últimos anos a produção da mina tinha aumentado 30% enquanto o investimento em geotecnia, em seguridade, tinha decrescido 40%. Isso é certo? Se não for certo, quais são as porcentagens reais?11. A Polícia Federal assegura que só tinha um engenheiro registrado no CRE. Isso é certo?

Resposta para as questões 8, 10 e 11:

A empresa reafirma que a denúncia do Ministério Público Federal, embasada nas investigações da Polícia Federal, desconsiderou as defesas e depoimentos apresentados ao longo das investigações iniciadas logo após o rompimento da barragem de Fundão e que comprovam que a Samarco não tinha qualquer conhecimento prévio de riscos às suas estruturas.

12. O senhor Randal Fonseca nos confirma que preparou um plano de emergência mas que não foi colocado em prática. Por quê? Qual era o custo desse plano?

A Samarco possui um Plano de Ações Emergenciais de Barragem de Mineração (PAEBM) de conhecimento dos órgãos competentes, que determina as obrigações da empresa e ações que devem ser tomadas na ocorrência de acidentes. O plano foi cumprido pela Samarco, que prontamente mobilizou Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Prefeitura de Mariana e, em conjunto, realizaram as ações de resgate e auxílio às vítimas do acidente.

Como a Samarco já tinha um Plano de Contingências para barragens, elaborado em 2008 e devidamente protocolado junto aos órgãos competentes, não houve uma necessidade de novas ações, naquele momento.

13. Existe algum plano para converter a atual barragem que alaga parte de Bento Rodrigues, entre os diques S3 e S4, numa nova barragem de rejeitos?

Não. O dique S4 foi construído em Bento Rodrigues para impedir o carreamento de rejeitos para o rio Gualaxo e tem cumprido a sua função, mantendo a turbidez da água abaixo do teto de 100 NTUs estabelecido pela Resolução 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

14. Em Bento Rodrigues escutamos muitos depoimentos de desconforto pela construção dos diques S3 e S4 e pelos alagamentos. Isso foi negociado com os donos dos terrenos alagados?

O S4 integra o sistema de retenção de sedimentos composto pela barragem de Nova Santarém e por quatro diques. A estrutura foi considerada uma obra emergencial em função do período chuvoso e teve sua construção autorizada pelo Decreto nº 500 do governo estadual. A indenização pelo uso da terra corresponde ao valor de mercado dos terrenos da região. Até o momento, já aceitaram a proposta da Samarco 46 dos 55 proprietários de terrenos requisitados administrativamente pelo Governo de Minas.

15. Que lições aprendeu a Samarco dessa tragédia?

Logo após o rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, a Samarco concentrou seus esforços nas ações emergenciais, com foco na assistência humanitária e na remediação dos impactos ambientais. A empresa também se concentrou no trabalho de reforço das estruturas remanescentes do complexo de barragens e revisou o plano de ações emergenciais. Tornou mais robusto o sistema de alerta e o centro de monitoramento de barragens.

Para monitorar as estruturas existentes no Complexo de Germano, a Samarco conta hoje com um Centro de Monitoramento e Inspeção (CMI), em operação 24 horas por dia, sete dias por semana. O local foi aperfeiçoado com base nos aprendizados obtidos após o rompimento da barragem de Fundão, em 05 de novembro de 2015.

O sistema de monitoramento conta com cerca de 400 equipamentos de última geração, tais como: estação robótica e meteorológica, radares de precisão milimétrica, laser scanner, câmeras, drones, piezômetros e acelerômetros.

Os dados são transmitidos em tempo real e apresentados em telas LED com resolução Full HD. O monitoramento é realizado pela gerência de Geotecnia, composta por técnicos e engenheiros especialistas.

Equipamentos e tecnologias que fazem o monitoramento

Acelerômetros: São instrumentos utilizados para monitoramento de vibração no solo.

Drone: Auxilia nas inspeções em áreas de difícil acesso.

Estação Meteorológica: É composta por equipamentos que medem índices pluviométricos, temperatura do ar, umidade, pressão, velocidade e direção do vento.

Estação Robótica: É composta por equipamentos que fazem, com precisão, o monitoramento de deslocamentos horizontais e verticais.

Inclinômetros: Medem deformações e deslocamentos horizontais abaixo da superfície do solo.

Inspeções visuais: Detalham as condições de segurança, utilizando o sistema Geo Inspector para registrar as informações.

Medidores de vazão: São instrumentos que medem o volume de água na saída da barragem.

Piezômetros: Monitoram o nível de pressão interna no interior das barragens.

Radar: Seis radares de monitoramento identificam variações mínimas de deslocamentos nas superfícies das barragens.

Sistema de Alerta de Emergência

A Samarco implantou novos equipamentos no Sistema de Alerta de Emergência, previsto no Plano de Ações Emergenciais de Barragem de Mineração.

O processo de revisão do plano e implantação dos novos equipamentos teve início logo após o rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015. Ao todo foram instaladas 31 sirenes interconectadas via redes sem fio, entre os municípios de Mariana e Barra Longa, para garantir a evacuação dos moradores em situações de emergência.

Novas tecnologias

Ao mesmo tempo em que implantou ações emergenciais, a Samarco desenvolveu um planejamento para voltar a operar com uso de novas tecnologias para a destinação dos rejeitos. A proposta é dispor o rejeito da futura operação na Cava de Alegria Sul, uma estrutura confinada localizada dentro da área da empresa. Uma cava é o local de onde o minério é extraído.

A Samarco também planeja construir duas plantas de filtragem. A tecnologia de filtragem permitirá a retirada de água e empilhamento de 80% do rejeito arenoso.

Atenciosamente,