Eleições em Portugal: centro deve governar em minoria

No mesmo dia que lembramos os 20 anos dos atentados jihadistas de 11 de Março de 2004 em Madri, Portugal vive sua análise pós-eleitoral. As eleições legislativas de domingo (10) terminaram com uma pequena vantagem para o partido de centro-direita, Aliança Democrática (AD), liderado por Luís Montenegro, ante os 77 deputados do Partido Socialista (PS), do ex-presidente Antonio Costa e atualmente liderado por Pedro Nuno. Já o partido mais à direita do espectro político português, o Chega, mais do que triplicou sua representação e até agora soma 48 deputados. Os resultados são parciais, já que ainda falta a contagem dos cidadãos portugueses que votaram nos consulados, mas pouco deve mudar, porque nenhum partido conseguiu garantir a maioria absoluta na Assembleia. Com o socialista Pedro Nuno afirmando que fará oposição e o provável novo primeiro-ministro Luís Montenegro (AD) afastando qualquer tipo de pacto com a extrema-direita de André Ventura (Chega), analisamos como fica a governabilidade durante a próxima legislatura, entre outras questões. Para isso, convidamos Joana Rei, jornalista da TSF Rádio Notícias, Luisa Meirelles, jornalista da Agência Lusa, e Ricardo Reis, diretor do Centro de Pesquisas de Opinião da Universidade Católica de Portugal.